Não, não estou me referindo ao peixinho de "O Incrível Mundo de Gumball". Estou me referindo a uma das mais controversas mentes do século XIX, alvo de discussões de biólogos a historiadores.
Charles Darwin (1809-1882) ficou conhecido como naturalista responsável por revolucionar as concepções biológicas conhecidas e aceitas pelas comunidades de pensadores. Até então, as concepções acerca da natureza eram baseadas em Lamarck, autor francês do século XVIII que dizia que as espécies se adaptavam à natureza a curto prazo: exemplo clássico é da girafa, a qual o francês afirmava que no decorrer de pouco tempo, ela desenvolveu um longo pescoço para que pudesse se alimentar das folhas ao alto das árvores. Darwin concluiu que tal afirmação era errônea, e que apenas as girafas de pescoço comprido (que sofreram uma adaptação a longuíssimo prazo) sobreviveram em decorrência à deficiência de girafas de pescoço curto. Este exemplo firmava sua teoria da Seleção Natural, em que apenas os mais fortes sobreviviam em relação ao ambiente em que se dispunham.
Por sua vez, muitos intelectuais de sua época tentaram adaptar as teorias de Darwin dentro da própria sociedade. Um destes intelectuais foi Herbert Spencer, inglês que influenciou as teorias eugenistas do século XX em decorrência às suas ideias: por exemplo, o fato de a África ser menos evoluída como "civilização" devido às suas etnias "inferiores". Tal concepção influenciou até mesmo análises sobre os negros e indígenas no Brasil, a partir de estudos de, por exemplo, Euclides da Cunha (em sua obra Os Sertões). Essas teorias seriam refutadas ainda na primeira metade do século XX, deixando a herança de Darwin voltada apenas à biologia.
Cássio Remus de Paula
Historiador dos Games
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